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Após dez anos, irmãos Lô e Márcio Borges retomam parceria e lançam álbum de inéditas


   Da parte dos irmãos mais que conectados, Lô e Márcio Borges lançam mais um pouquinho dessa grande conexão que vai "Muito Além do Fim"
   "A história é a seguinte: as emissoras de tv e rádio, quando ainda anunciavam os autores da música (quase nunca, vá lá) mandavam essa: de Marcio e Lô Borges, “Tudo que você podia ser" ou "Um girassol da cor de seu cabelo" etc. Um fã recém-chegado, que não sabia nada de nós, conseguiu o telefone do Lô e ao ser atendido, mandou essa: ‘É da parte de Márcio Lô Borges’ - achando que era uma pessoa só. O Lô: ‘não, aqui é da parte só do Lô. O Márcio é outra parte’. O cara: ‘não brinca’! Desde então - e isso faz tempo - eu e Lô, dois debochados, só nos tratamos de Daparte”.
   Esta incrível história, que parece uma brincadeira, nos foi compartilhada pelo poeta e compositor Márcio Borges, em suas redes sociais, ao falar de sua relação próxima com o irmão, Lô.
   Mesmo com a distância, de dez anos sem compor juntos, e ainda morando em cidades diferentes (Lô em BH e Márcio, em seu sítio, em Visconde de Mauá, no interior do Rio), eles nunca perderam sua sintonia, pelo contrário, deixaram suas conexões cada vez mais fortes!
   O álbum "Muito Além do Fim", em uma parceria dos irmãos Borges, lançado nesta sexta-feira (5), contém dez músicas inéditas, escritas por eles, com algumas delas inclusive sendo compostas até mesmo por mensagens de celular. “E compor com o Marcinho é botar um pé cansado dentro de um chinelo velho. Ele é a coisa mais tranquila do mundo. Para se ter uma ideia, mando as músicas para ele pelo WhatsApp e ele me devolve já com as letras. Às vezes demora uma semana, um mês, é um processo muito tranquilo”, afirma o cantor mineiro, em entrevista ao “Estado de Minas”.
   Lô ainda faz questão de ressaltar que durante o processo de compor com Márcio, nesse novo disco, não precisou mexer em nenhuma frase escrita pelo irmão. “Além do conceito intelectual e estético das letras, há também aquela coisa da métrica. O cara não erra nada e é um compositor do tipo faca amolada. Ele mesmo diz que compor comigo é uma coisa que faz de olhos fechados. Para mim, é uma alegria enorme estar fazendo meu terceiro álbum de inéditas em três anos e poder voltar a compor com meu irmão, pessoa fundamental na minha vida”, destaca o artista.
   A última vez em que Lô compôs com Márcio foi para o álbum “Horizonte vertical”, lançado em 2011. “Na verdade, fizemos somente duas músicas para esse disco, ‘Antes do sol’ e ‘Quem me chama’. Era um CD com parcerias diversificadas, com Nando Reis, Samuel Rosa, Patrícia Maês e Ronaldo Bastos, além do próprio Marcinho. Então, não compunha com ele desde 2011. Ele é meu parceiro principal, majoritário. Das minhas 200 músicas, creio que pelo menos umas 130 foram feitas com ele. Somos uma parceria que sempre deu certo, pois temos uma sintonia muito boa.”.
   Quando Salomão Borges Filho, o Lô, nasceu, em Belo Horizonte, Márcio, o Marcinho, tinha seis anos de idade. Ao entrar no quarto e ver o sexto filho nos braços de dona Maricota, matriarca da família Borges, pediu à mãe: ‘Dá esse menino para mim?’. Esse gesto de amor rendeu uma ligação estreita entre eles, o que ficou ainda mais evidente com o lançamento do álbum "Muito Além do Fim".
   Então, corra para a sua plataforma digital favorita e escute um “lado” mais roqueiro do cantor!

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